Eu sou livre!


Eu sou livre!
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32).
Antigamente, as propagandas de cigarro anunciavam que fumar era um ato de liberdade. Utilizavam-se de belas imagens de cavalos selvagens correndo livres e soltos nas montanhas. Que grande engano! É livre quem fuma, ou quem não fuma? Muita coisa que se faz como símbolo de liberdade é pura escravidão.
A liberdade é um dos anseios mais profundos do coração de qualquer pessoa. Os movimentos sociais mais intensos foram e ainda são marcados pela busca da liberdade política, de expressão, de ir e vir, de fazer o que der na cabeça etc. Querem liberdade, mesmo não sabendo identificar do que são escravos.
Por sua vez, Deus sempre expressou seu movimento de intervenção na história com o firme propósito de trazer real libertação às pessoas. Para isso, levantou profetas, sacerdotes, reis, homens e mulheres usados para libertar o povo. Mas foi em Jesus Cristo que a obra completa de libertação se deu: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36).
Sobre esse tema, duas perguntas precisam ser respondidas, como uma moeda de duas faces:
1.Do que sou livre através da obra de Cristo?
Sou livre das trevas. O Pai Celestial “nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1.13). Isso significa que Satanás não tem poder e autoridade sobre minha vida. Por isso, nós que somos de Cristo, podemos nos posicionar em resistência ao diabo, sabendo que ele fugirá de nós (Tiago 4.7).
Sou livre do pecado. Outrora, “éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros até sermos salvos mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3.3-5). A obra definitiva de Cristo fez com que o pecado não mais tivesse domínio sobre nós (Romanos 5.14; 1 Coríntios 10.13).
Sou livre da morte. O plano de liberdade em Cristo inclui a vida eterna em sua presença. Como nos ensina Paulo, “agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Romanos 6.22).
2.Para que sou livre através da obra de Cristo?
Sou livre para a liberdade. Parece pleonasmo, mas não é. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (Gálatas 5.1a) Cristo nos libertou para continuarmos vivendo em liberdade, e não mais voltarmos ao jugo de escravidão das trevas, do pecado e da morte. Nas palavras do apóstolo, “como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1 Pedro 2.16).
Sou livre para libertar. Assim como Jesus decidiu, em plena liberdade, esvaziar-se da condição de Deus para nos libertar (Filipenses 2.5-8), somos desafiados a usar nossa posição de liberdade para alcançar outros. Talvez por isso Paulo tenha escrito que “todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem” (1 Coríntios 10.23-24). Também alertou, escrevendo: “vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos” (1 Coríntios 8.9).
Sou livre para o libertador. O grande propósito de Deus em nos libertar é nos ter para seu relacionamento e alegria para toda a eternidade. Certa vez Satanás acusou que Jó só amava a Deus por causa das bênçãos (Jó 1.9-11). Foi um ataque ao caráter de Deus, insinuando que o Senhor não é digno de ser amado pelo que é, mas que seus seguidores só o faziam por interesse. A história nos ensina que Jó se manteve fiel mesmo no profundo vale do sofrimento, demonstrando seu amor em sua livre e espontânea vontade. Que exemplo a seguir!
Fica a alegria de saber que, em Cristo, EU SOU LIVRE! Não há nada a ser feito, pois tudo já foi feito pelo Senhor de forma eficaz e suficiente. Fica, porém, a pergunta: o que fazer com essa liberdade que ganhei?
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