Somos filhos de Deus


Somos filhos de Deus
Todos são filhos de Deus? É claro que não! A Bíblia nos ensina que todos são criaturas de Deus (Colossenses 1.16), mas somente nos tornamos filhos de Deus mediante a fé em Cristo (Gálatas 3.26), adotados à família do Pai através do seu Espírito (Gálatas 4.5-6; Efésios 1.5). O Unigênito (único filho – João 1.14) transformou-se em Primogênito (primeiro filho de muitos – Colossenses 1.15).
Antes éramos filhos da ira e da desobediência (Efésios 2.2-3; 5.6), destituídos da glória de Deus (Romanos 3.23), filhos das trevas (Efésios 5.8; 1 Tessalonicenses 5.5), filhos malditos (2 Pedro 2.14), filhos do diabo (1 João 3.10). “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João 1.12). Não haveria melhor notícia que essa!
Mas, que tipo de filho de Deus sou em Cristo?
Em primeiro lugar, Cristo me transformou em um filho amado, semelhante a ele (1 João 3.2). Com a mesma profundidade que o Pai ama Jesus, ele nos ama. Seu amor foi demonstrado intensamente quando enviou seu único Filho (João 3.16; 1 João 4.9) para morrer em nosso lugar. Assim como ele falou a respeito de Jesus, ele fala a nossa respeito: Você é meu filho amado em quem tenho grande prazer (Mateus 3.17; 17.5). A pessoa que melhor compreendeu isso foi o apóstolo João quando se intitulou como o discípulo a quem Jesus amava (João 13.23; 19.26; 20.2; 21.20, 24). Com isso não estava dizendo que os demais não eram amados, mas que percebia com clareza o grande amor do Senhor por ele.
Além disso, sou um filho guiado pelo Espírito de Deus em todo o tempo (Romanos 8.14), a toda a verdade (João 16.13), com todo o bom conselho sobre os diversos assuntos da vida (1 João 2.27), me fazendo andar como filho da luz e do dia (1 Tessalonicenses 5.5), diante de qualquer circunstância da vida (Lucas 12.12; 21.15).
Como recebo a mesma natureza de Cristo, e só por causa disso, recebo a bênção de ser um filho obediente. Dessa maneira, o Senhor nos transforma em “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta” (Filipenses 2.15), nos conduzindo à prática da justiça (1 João 3.10) e à obediência aos seus mandamentos (1 João 5.2). Nenhuma tentação será superior ao que podemos suportar (1 Coríntios 10.13), pois a mesma graça que nos salvou é liberada como um presente para viabilizar nossa obediência.
Apesar de tudo isso, sou um filho não (re)conhecido pelo mundo. Nas palavras do apóstolo: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo” (1 João 3.1). Mesmo sendo filho pacificador (Mateus 5.9), o mundo não conseguirá discernir nossa real filiação, pois está cego para isso (João 14.17; 2 Coríntios 4.3-4).
Por último, “ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo” (Romanos 8.17a). Nossa herança é incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus, de valor incalculável (1 Pedro 1.4) e inclui todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais (Efésios 1.3). Aleluia!
Não somos o que outros dizem de nós, nem o que pensamos a nosso próprio respeito. Somos o que Deus pensa de nós. Definitivamente é libertador olhar para nossas vidas através do olhar do próprio Deus. Em Cristo posso dizer em alto e bom tom: sou filho de Deus!
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