Com visual diferente, Dj Pastor dispensa terno e gravata e é referência na periferia: “Se preocupem com os dependentes químicos”


Anderson Dias Barbosa é um Pastor diferente, que dispensa terno e gravata e cultiva um visual alternativo, que poucos imaginariam ver em um Pastor.
Com o cabelo Black-power e todo o figurino dos jovens da periferia paulistana, conhecido pelos frequentadores da igreja “Crescendo na Graça” como DJ Pastor. Com 33 anos, ele lidera a igreja que é voltada aos jovens e que acolhe pessoas com estilos de vestimenta totalmente diferente do que se vê na maioria das igrejas evangélicas.
O evangelista Roberto Soul, que faz parte da comunidade, pergunta: “Quem disse que Jesus só ama quem usa terno e gravata?”. Ele e outros jovens participam dos cultos da igreja, que tem o lema “aqui se louva a Deus com Black music e hip-hop”.
O Pastor Anderson Dias, casado com a Pastora Francine Penha de Pontes Barbosa, e pai de dois filhos, Adriel e Rebeca, realiza os cultos na linguagem que faz parte do cotidiano desses jovens, e promove projetos sociais, como uma oficina de basquete, chamada de Garrafão Gospel, até a aulas de jiu-jitsu, que foi apelidada de Tatame Gospel.”Tudo o que você vê aqui, todos esses projetos, tem um propósito, tem cunho evangelístico. São iscas para grandes peixes”, afirma o Pastor à reportagem da Revista Piauí.
Segundo Dias, a igreja mantém um projeto de recuperação de viciados, sem cobrar nada dos internos: “Hoje temos uma casa de recuperação chamada ‘O Rei das Ruas’. Não cobramos mensalidade e temos quase 100 homens para a glória de Jesus Cristo”. No site do projeto, a história da iniciativa conta que ela teve início em “uma visita do Pastor Anderson ao morro de Senador Camará ( RJ ), onde no meio do tráfico, metralhadora, fuzil, pistola e granada, Deus falou de uma casa de desafios chamada ‘O Rei das Ruas’”.
Sobre os críticos, o Pastor, que já foi tema de reportagem especial de uma emissora de TV, afirma que seria melhor se ao invés de criticar, se preocupassem em ajudar o próximo: “Peço que se preocupem mais com as prostitutas, com os dependentes químicos e com os moradores de rua. Pensem mais neles, abram suas igrejas para recebê-los, pois eles precisam mais de sua atenção do que eu”.
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